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Writer's pictureGabriel Toueg

A Síria e a ‘fase Facebook’ da guerra


Muito interessante a análise do Alec Duarte, do Webmanário,

“A Síria e a ‘fase Facebook’ da guerra”. Diferente de outros países da chamada “Primavera Árabe” (ou “Despertar Islâmico”, para alguns), a Síria tem estado mais e mais fechada para jornalistas que tentam acompanhar o duradouro conflito. Em outros países, como o Egito, e Tunísia e mesmo a Líbia, que teve uma violenta guerra civil até derrubar Muamar Kadafi, o acesso dos jornalistas era muito maior e as informações saíam – fosse pelas redes sociais de fontes que acabaram se tornando confiáveis, fosse pela voz de jornalistas estrangeiros já instalados lá ou de repórteres locais informando para fora. Na Síria é diferente. E a cobertura é dificultada quando as histórias impressas e transmitidas pelas TVs de todo o mundo são apenas aquelas contadas pelos refugiados além das fronteiras sírias. Faltam informações fiáveis, falta poder de apuração in loco, liberdade para atuação nas cidades, segurança para o trabalho da imprensa. A matéria do New York Times mencionada pelo Alec nos ensina outra coisa, ainda: a guerra civil na Síria está criando a oportunidade para o surgimento de jornais, como o semanal Sham, de Absi Smesem (curiosamente, o nome do jornal significa “Lá” em hebraico – e o NYT informa que se trata de outro nome para a Síria em árabe). (Foto: Javier Manzano/AFP/Beyond the Pulitzer Prize, the realities of covering the Syrian civil war)



Como cobrir uma guerra civil pela internet e pesar, na balança, os relatos do governo e de ativistas que, usando redes sociais, se contrapõe à informação oficial (com uma grande carga de parcialidade, é lógico)?

A situação está acontecendo na Síria, onde, segundo informa Neil MacFarquhar no NYT, o governo do (ainda) presidente Bashar al-Asad está ganhando em credibilidade porque vários relatos estão chegando “tortos” ao exterior.

Absi Smesem, editor de uma revista semanal, diz que o jornalismo do país passa, neste momento, por sua “fase Facebook”. Sem jornalistas de verdade, sem ligação com nenhum dos lados do confronto, fica impossível saber ao certo o que está ocorrendo.

Para analistas, canais como Al Jazera e Al Arabyia sofreram um abalo em sua credibilidade justamente por privilegiarem um dos lados do embate – o rebelde, que muitas vezes doura a pílula em favor de sua causa.

Vamos ver as cenas…

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