Como o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que esteve nos campos de concentração em novembro, também visitei Auschwitz-Birkenau, há seis anos. Fui a trabalho, como jornalista, correspondente da então Rádio Eldorado e repórter especial da revista Dezoito. Das coberturas que fiz, não me lembro de outra que tenha me deixado tão sem palavras.
Foi difícil demais transformar em palavras, em relato, o que eu estava vendo, mesmo com a alegria trazida por milhares de jovens judeus de todo o mundo, participantes da Marcha da Vida em uma edição especial, a que comemorava os 60 anos da criação do Estado de Israel.
‘Arbeit macht frei’, o trabalho liberta
O Holocausto é algo incontável, inenarrável: em palavras, em suas dimensões, em seu horror, em seu alcance, no tempo, no espaço. Que sirva pelo menos de lição para a Humanidade que se esqueceu de ser humana durante aqueles anos – e não foram apenas os nazistas. Que sirva de aprendizado para que nunca mais algo assim aconteça.
Faço a minha parte lembrando que hoje é o dia que lembra o que não deve jamais ser esquecido para que tragédias como aquela não aconteçam outra vez.
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