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Writer's pictureGabriel Toueg

Desejos de uma pessoa querida

Desejos: todos temos. E não estou falando do desejo de comer um doce de padaria, ou do desejo de emagrecer, ou de parar de fumar. Estas linhas se formam com o que desejamos aos outros. E o que desejamos aos outros nada mais é do que uma extensão do que desejamos a nós mesmos.

Parece fácil, mas desejar algo ao outro é dever de casa que a gente faz a vida toda. E dever de casa não vem pronto. Alguns acertam de primeira mas a maioria precisa quase rasgar o papel de tanto apagar. O que desejamos ao outro não se apaga, o desejo, no entanto, pode se modificar e, quando muda para melhor, é sinal de dever cumprido. Não de obrigação.


Desejo que você tenha a quem amar… E quando estiver bem cansado ainda exista amor pra recomeçar

Não se deve desejar algo por obrigação, tampouco desejar o que de fato não se deseja. O que se deseja ao outro tem de ser sincero, vir do coração. E se o coração for peludo, o desejo assim vai ser. Isso não quer dizer que desejar uma vez na vida que fulano vá para o inferno faça de você uma pessoa ruim. O ruim é desejar isso sempre, para fulano, beltrano e sicrano.

A você eu poderia desejar o combo clichê dos desejos: saúde, dinheiro e felicidade. Ou simplesmente não desejar nada. Também poderia desejar uma passagem de ida ao inferno, mas nem é a minha cara (na verdade é, mas não no momento). A você eu desejo sorrisos, como sempre desejei. Mas não desejo sorrisos diários. É preciso ver o rosto fechado para valorizar um sorriso aberto, aquele que vem do coração e faz mostrar os 500 dentes da pessoa que sorri. Desejo o sorriso de olhar, que brilha os olhos e abraça a alma. Desejo a leveza da alma e o peso das responsabilidades. Desejo a liberdade. E o presente. Mesmo que estes sejam desejos do passado.

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