Aos amigos, a todos os amigos, “gmar chatimá tová“. Significa, em hebraico, algo como “que sejamos inscritos no livro da vida com uma boa assinatura”. Mas o desejo não é judaico – é universal: que usemos este Yom Kipur, que começa hoje, para refletir sobre os erros e os acertos não apenas para pedir desculpas pelos erros e comemorar os acertos, mas para aprender com eles e seguir adiante. Para isso, não é necessário fazer o jejum de 25 horas ou ir à sinagoga filar bolos de mel ao final do período.
O mais importante da data é a reflexão e a capacidade de olhar para si e colocar os acontecimentos dos últimos 365 dias em uma balança pessoal.
Yom Kipur, o “dia do perdão”, acontece dez dias após Rosh Hashaná, a “cabeça do ano”, o ano novo judaico. Esses dez dias, que acabam hoje, são chamados “yamim nora’im”, “dias terríveis”. A data do ano novo é também universal. Comemoramos na semana passada os 5774 anos da criação do homem, do primeiro homem, que pode ter sido um homem ou uma mulher, tanto faz (as religiões dirão que foi um homem, blá, blá, blá!) A humanidade é assim antiga – e está na hora também de aprendermos com os erros cometidos ao longo desses quase 6 milênios e parar de repeti-los!
Que sejamos todos inscritos no livro da vida!
De 2010, quando eu ainda estava em Israel: Yom Kipur, feriado das bicicletas (foto: Tel Aviv vazia no Yom Kipur; Wikipedia)
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