Um mapa interativo para quem gosta de viajar e quer fazer isso de forma segura (ou, pelo menos, consciente dos riscos). Trata-se do projeto Travel Risk Map, que identifica os principais riscos relacionados aos países – em uma escala que vai de “insignificante”, usado para países tradicionalmente tranquilos (como Noruega, Finlândia, Suíça e algumas ilhas, marcadas em verde claro no mapa), até “extremo”, em que o risco é altíssimo (como Síria, Líbia, Somália e Mali, em vermelho escuro).
Além de dar uma visão geral dos países (e de muitas regiões dentro de vários deles), o mapa explica quais os tipos de riscos envolvidos. Na Líbia, por exemplo, menciona a falta de controle do governo e de forças de segurança sobre grandes áreas do país. A Venezuela aparece como “risco alto”, com “protestos frequentemente violentos”, “crimes violentos e terrorismo”. Para quem ficou curioso e ainda não foi ver o mapa, o Brasil aparece como “médio”, com menção a crimes violentos e até terrorismo. Talvez seja um pouco exagerado…
O levantamento é feito pela International SOS, empresa de serviços de segurança médica e de viagem. Em um infográfico publicado pela companhia, eles revelam que embora 45% dos turistas pesquisem informações sobre vacinas e 43% investiguem aspectos culturais dos países que pretendem visitar, apenas 29% levam um kit de primeiros socorros nas viagens e só 23% levam em conta questões ligadas à segurança viária nos países. Ainda segundo as informações da International SOS, uma em cada três viagens é feita para países com risco mais elevado do que o do país de origem dos turistas.
É curioso observar que países que estão entre os principais destinos do mundo, como México e Egito, aparecem como “risco alto” no mapa. Outros, em regiões especialmente conturbadas, como o Oriente Médio ou partes da África, parecem ilhas de tranquilidade, como é o caso, por exemplo, de Burkina Faso ou Omâ. Em muitas regiões, as zonas de fronteira de um país de risco “médio” são identificadas como “risco alto”. O mapa é atualizado constantemente com informações relevantes sobre acontecimentos políticos internos e externos.
O projeto publica um mapa anual (clique para fazer o download) com os riscos por países e tem ainda versões que explicam riscos de saúde – o Haiti, claro, aparece entre os países de “alto risco” nesse quesito, o único nas Américas além da Guiana. Tem ainda um mapeamento das rodovias de cada nação, mostrando a taxa de mortos em acidentes automobilísticos – informação útil se você pensa em alugar um carro e viajar pelas estradas do país (o Brasil, nesse mapa, aparece como “risco alto”, com 23,4 mortos a cada 100 mil habitantes).
Foto de capa: Daily Mail
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